MELISSA AZEVEDO ADVOCACIA

Já imaginou ser responsável por pagar uma dívida causada pelos seus filhos? Essa situação, embora pareça distante para muitos pais, está prevista no ordenamento jurídico brasileiro e pode se tornar realidade em determinados casos. A responsabilidade dos pais vai além do sustento e da educação dos filhos, abrangendo também os atos que eles praticam, especialmente enquanto menores de idade. Responsabilidade dos pais pelos atos dos filhos menores De acordo com o Código Civil, os pais são civilmente responsáveis pelos atos ilícitos cometidos por seus filhos menores que estejam sob sua autoridade e em sua companhia. Isso significa que, caso uma criança ou adolescente cause prejuízos a terceiros, seja por danos materiais, morais ou físicos, os pais podem ser obrigados a indenizar a parte lesada. Essa obrigação decorre do dever de vigilância, controle e educação, já que, até atingirem a maioridade, os filhos não possuem plena capacidade jurídica para responder por si mesmos. É por isso que

Já pensou se sua esposa acessasse suas mensagens depois da sua morte? Isso te conforta ou te assusta? Com o avanço da tecnologia, muitos aspectos da nossa vida estão se tornando digitais, inclusive o nosso legado. Você já parou para pensar no que pode acontecer com suas redes sociais, conversas e fotos quando você não estiver mais aqui? Imagine, por exemplo, que seu cônjuge acesse suas mensagens após sua morte e encontre conversas que possam trazer à tona emoções delicadas. Em um momento de luto, qualquer detalhe pode amplificar a dor de quem fica. Com isso em mente, é essencial planejar o futuro não apenas do seu patrimônio, mas também do seu legado digital. A seguir, alguns pontos importantes para refletir: 1. Quem será o administrador das suas contas? Nomear uma pessoa de confiança pode garantir que suas redes sociais e mensagens sejam tratadas com sensibilidade e respeito. Essa escolha é crucial para evitar situações desconfortáveis e preservar a memória que você deixa. 2.

O Navio de Teseu e a Evolução dos Relacionamentos O famoso paradoxo do navio de Teseu nos convida a refletir: se todas as partes de um navio são trocadas ao longo do tempo, ele ainda é o mesmo navio? Da mesma forma, as pessoas em um relacionamento, ao longo dos anos, também se transformam, mudando suas identidades, prioridades e expectativas. No contexto do direito de família, essa analogia se torna ainda mais relevante. À medida que os casais enfrentam desafios, crescem juntos ou se afastam, é natural que suas necessidades e desejos mudem. Aqui estão algumas reflexões sobre como isso pode se manifestar nas relações familiares: Revisão de Combinados: Assim como o navio, nossos acordos precisam ser revisados. É importante que casais se sentem e discutam abertamente sobre suas expectativas, necessidades e limites ao longo da relação. Mudança de Regime de Bens: Assim como um navio pode mudar sua estrutura, casais também podem optar por alterar o regime de bens. Essa decisão deve ser