Você presta atenção no seu filho ou em você?
Em uma pequena cidade, cercada por montanhas e rios, viviam Júlia e Marcos. O relacionamento deles havia chegado ao fim, e o clima estava longe de ser amigável. A adolescência de seu filho, Lucas, tornou-se um campo de batalha para disputas e desentendimentos constantes. Não bastasse os conflitos da adolescência, Lucas ainda vivia uma guerra em casa.
A comunicação entre Júlia e Marcos era marcada por desavenças. Cada decisão relativa a Lucas se transformava em uma nova discussão acalorada. A escolha da escola, o horário das videochamadas, até mesmo as atividades extracurriculares eram pontos de atrito constante.
A relação tumultuada não só afetava a estabilidade emocional de Lucas, mas também levava à prática da alienação parental. Júlia e Marcos, sem perceber, minavam a imagem um do outro diante do filho, alimentando ressentimentos e criando um ambiente hostil.
Se Lucas não queria conversar com o pai era a mãe influenciando, se Lucas quisesse ficar uns dias além do combinado no pai era em virtude do ''OBA OBA'' da casa parterna. Julia se referia a Marcos como ''bosta'', alecrim, princeso e outros apelidos nada educados. Marcos amava o filho, mas cada recusa do filho ficava irado por acreditar que o filho estava se deixando influenciar pela mãe. Infelizmente também descontava sua frustração no filho. Se Lucas falasse que não queria ir a casa do pai, porque queria ir numa festa com os amigos, ou no clube da igreja, o pai já descontava e não busca o filho por semanas.
A situação atingiu um ponto crítico quando Lucas começou a demonstrar sinais de desconforto, rebeldia, e automuti.lação (uma tentativa de enganar o algorítimo por aqui), refletindo o clima de tensão em casa.
Júlia e Marcos se viram diante de uma encruzilhada, percebendo que a verdadeira vítima dessa guerra silenciosa era o próprio filho, quando Júlia pegou o celular de Lucas para tentar printar conversas do whatsapp entre pai e filho, para provar a alienação parental e processar; mas a verdade que encontrou era muito mais nebulosa, Lucas tinha uma namoradinha e conversa muito com ela pelo whatsapp. Desabafava tudo que acontecia e inclusive falava da automuti.lação que seus pais não percebiam. Falava que sua vida era um inferno e preferia não ter pais. A namorada, que também estava imersa num contexto de violência em casa estimulava a rebeldia e até coisas piores.
Com tudo aquilo, lendo coisas horríveis sobre si e sobre Marcos, Julia teve um momento de reflexão, e decidii conversar com Marcos. Optaram por um diálogo sincero, mediado por um profissional especializado em questões familiares. Esse espaço proporcionou a Júlia e Marcos a oportunidade de expressarem suas preocupações, ouvirem as necessidades do filho e estabelecerem limites para garantir o bem-estar de Lucas.
Com o tempo, o clima hostil começou a dissipar-se. Júlia e Marcos perceberam que, apesar das diferenças, podiam colaborar na criação de Lucas, colocando o bem-estar dele acima de suas disputas pessoais. A compreensão mútua e a comunicação eficaz tornaram-se a base para uma convivência mais saudável. Mas, no dia a dia, a experiência mostra que muitas pessoas ainda não teriam o discernimento de Julia para ''baixar a bola'', pelo contrário continuaria colando a culpa no outro.
A Lição que Júlia e Marcos aprenderam foi clara: a diferença entre perpetuar o caos e construir um ambiente estável estava no diálogo. Ao escolherem o caminho da conversa e da cooperação, eles proporcionaram a Lucas um lar mais equilibrado e, finalmente, encontraram um terreno comum para serem pais responsáveis, mesmo após o término do relacionamento. Resolveu 100%? Não. Continuam discordando de alguns pontos, mas agora com respeito.
Agora te pergunto, você presta atenção no seu filho e nas necessidades dele, ou só o utiliza para continuar brigando com o ex? Você precisa esperar o seu filho fazer uma besteria ou está pronto para conversar e procurar um bom caminho?
Sabe, adolescência é difícil para todos, agora imagina para um filho que é um jogo para os pais.
História fictia baseada em verdades horríveis que vejo dia após dia.
Qualquer nome ou fato similar é meramente coincidência.
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