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Guarda compartilhada com decisões solitárias: até quando esse silêncio será normalizado?

"Meu ex não participa de nada, mas vive reclamando depois." "Ele some, não responde mensagem, não comparece a nenhuma reunião da escola... mas na primeira decisão que tomo sozinha, ele ameaça ir à Justiça." Esses relatos são cada vez mais frequentes. E, infelizmente, não são exceções. Eles revelam uma realidade silenciosa, mas exaustiva: a guarda compartilhada que só funciona no papel. 📍Fato: estamos romantizando a guarda compartilhada. De uns anos pra cá, virou quase automático pedir guarda compartilhada em processos de separação. Parece moderno, civilizado, igualitário. Mas na prática? Em muitos casos, é apenas uma fachada jurídica para uma parentalidade extremamente desigual. Um dos genitores arca com tudo — decisões, rotina, escola, saúde, alimentação, consultas médicas, reuniões pedagógicas, psicólogos — e o outro assiste de longe (quando assiste). O problema é que esse “assistir de longe” vira um “controlar à distância” quando o genitor ausente resolve contestar algo. Mesmo tendo ignorado dezenas de mensagens. Mesmo tendo desaparecido por meses da vida ativa da criança. Mesmo não tendo feito o mínimo. 🔍Análise: o silêncio prolongado também é uma forma de violência. A alienação parental tem sido bastante debatida (e distorcida, inclusive), mas pouco se fala sobre a violência do silêncio. 👉 Aquele pai que simplesmente não responde. 👉 Aquela mãe que evita qualquer forma de participação. 👉 O genitor que bloqueia as tentativas de diálogo e depois alega surpresa ou falta de consulta. A guarda compartilhada pressupõe comunicação, responsabilidade mútua e presença ativa. Sem isso, o instituto perde completamente seu sentido. ⚖️Solução: é possível reverter juridicamente esse cenário. Aqui no escritório, não são raros os casos em que conseguimos judicialmente reverter ou modular a guarda, ajustar os direitos de decisão ou até atribuir peso jurídico ao comportamento negligente e omissivo de um dos pais. Um caso me marcou bastante: uma cliente cuidava sozinha da filha há mais de 3 anos. O pai, ausente, não respondia nenhuma mensagem sobre escola, psicóloga, fonoaudióloga ou até mesmo emergências médicas. Mas quando ela recebeu uma proposta de trabalho em outra cidade, ele apareceu, indignado: “Ela não pode mudar de cidade sem minha autorização!”. Levamos todas as provas ao processo — prints, históricos de mensagens ignoradas, agendas escolares, boletins médicos, relatórios terapêuticos. A juíza foi clara: quem se omite sistematicamente não pode cobrar coparticipação de última hora. 💬O que isso significa para você, que vive algo parecido? Significa que há caminhos. Significa que não é normal ser responsabilizada(o) por tudo e ainda ser julgada(o) por tentar seguir em frente. Significa que o Direito de Família pode (e deve) proteger quem está tentando fazer o melhor pela criança com base na realidade, e não em teorias bonitas de manual. ✨E se for o seu caso, aqui vai um convite: Se você está vivendo esse tipo de guarda solitária disfarçada de compartilhada, talvez seja o momento de conversar. Avaliar. Rever. Reposicionar. Sim, o meu trabalho é técnico, profundo e estratégico — e como toda atuação jurídica personalizada, ele tem seu valor e sua remuneração. Mas o que está em jogo vai muito além disso: Está em jogo o seu equilíbrio emocional, o bem-estar do seu filho e o seu direito de não carregar tudo sozinha (ou sozinho). Estou por aqui para ajudar. Com escuta ativa, olhar jurídico e compromisso real com as famílias. Com carinho e seriedade, Melissa Azevedo OAB/SC 45.255 Melissa Azevedo Advocacia | OAB/SC 9919 Av. Leoberto Leal, 1235, sala 202 – Barreiros, São José/SC

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