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O preço silencioso de não se separar.

Clientes mais amados do Brasil, Escrevo hoje para conversar com vocês sobre uma frase que atravessa gerações e que, inevitavelmente, chega até o meu escritório em forma de histórias reais, complexas e, muitas vezes, silenciosas: “na minha época não se separava, consertava”. É muito comum ouvir isso de pessoas com mais tempo de vida e experiência. E é verdade: em alguns casos, esse conserto realmente deu certo. Houve relações que se transformaram, amadureceram e seguiram adiante. Mas, em muitos outros, o que existiu não foi conserto — foi falta de escolha. Pessoas que permaneceram em relacionamentos pelos filhos, pela pressão da sociedade, pelo medo do rótulo de “desquitado” — figura jurídica que encerrava a sociedade conjugal e os bens, mas mantinha o vínculo matrimonial, impedindo um novo casamento. A pessoa não estava “quite com a sociedade”. Atuando diariamente com esse público mais experiente, lidando com histórias de vida, com os clássicos atemporais, especialmente em inventários e nos chamados divórcios cinzas, a percepção é recorrente: muitas vezes não se consertava, se tolerava. E essa tolerância silenciosa costuma cobrar seu preço mais tarde. No divórcio tardio. Ou no inventário. Quantos filhos já atendi que, ao perderem o pai, além do luto, precisaram lidar com a descoberta de dívidas ocultas, processos, segredos e até outras famílias? Consertar é, sim, algo louvável. Mas conserto exige vontade real dos dois lados. Porque, não raras vezes, o que se chama de “manter” o relacionamento é apenas a tentativa de fazê-lo continuar exatamente como está — por ser mais confortável para um, e profundamente doloroso para o outro. Fica aqui uma reflexão sincera, feita com o olhar de quem vê essas histórias se revelarem quando o tempo já não permite mais ajustes. Com carinho e responsabilidade, Melissa Azevedo Advogada – Direito das Famílias e Sucessões

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